sexta-feira, 27 de abril de 2012

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Outono




(Flávia de O. Souza)

"Frutos bem maduros,
Vamos recolher,
Antes que escureça,
Vai anoitecer.

Folhas amarelas
Soltam-se no ar
Descem levemente
No chão vem deitar.

Cobre-se de cores,
Todo horizonte,
Vai se pondo o sol,
Manso atrás do monte."

Imagem: Da Internet

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Brincadeira: Pisa no Chicletes

"Pisa no chicletes
Dá uma rodadinha
Chifre de Capeta
Dança da galinha
Coci, coci, coçi, coçi, coça
Quem parar de perna aberta tem que rebolar"


Todos em roda vão cantando a música e fazendo o que se pede. "pisa no chicletes" todos põe o pé para frente e fingem pisar num chicletes. Dá uma rodadinha, Chifre de Capeta, Dança da galinha, representa-se da mesma forma que pede o texto. Quando a música chegar em "Coci, coci..." todos vão pulando cruzando e descruzando as pernas, tipo fazendo polichinelo, mas sem o movimento dos braços. Quando terminar a música, todos param e quem estiver com as pernas abertas (descruzadas), vai até o centro da roda rebolar até chegar ao chão. Nesta hora pode-se cantar uma música para a pessoa rebolar. Em seguida, ela retorna à roda, continuando a brincadeira. Algumas vezes, pode-se variar o andamento ao cantar a música, cantando-a mais rápido ou mais lento.

Imagem: Da Internet

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Quem são os donos do cardápio infantil?


Atraídas por propagandas fascinantes que prometem um mundo de sonhos em um pacote de salgadinhos ou um pirulito, por brindes-brinquedos e pelas intermináveis coleções, as crianças se tornaram as principais vítimas desses alimentos e passaram a influenciar nas compras de toda a família. Quais as conseqüências de seguirmos ao sabor do vento das grandes corporações fabricantes de alimentos? E de não termos controle sobre a publicidade dirigida ao público infantil?

Há 40 anos trabalho como Nefrologista Pediátrica. Não recordo de ter identificado, antes dos anos 90, um único caso de pressão alta em criança que não estivesse relacionada a algum problema grave como doença nos rins, nas artérias renais, na aorta ou a tumores raros. Pressão alta era uma doença de adultos. Era!

Infelizmente, na última década, mais crianças passaram a sofrer de hipertensão arterial, uma doença crônica, isto é, que se arrasta por toda a vida e que necessita de medicação continuada. E qual a causa dessa repentina mudança? Múltiplos fatores podem causar a pressão alta mais comum - também chamada de hipertensão arterial essencial - mas os principais são a combinação de obesidade e ingestão de quantidades excessivas de sal na alimentação.

Antes de seguir em frente, é preciso que se diga que a pressão alta não é um probleminha qualquer. É fator de risco importante para infarto do miocárdio e acidentes vasculares cerebrais (os derrames cerebrais), entre tantas outras consequências. E o resultado da obesidade iniciada na infância é o aparecimento de hipertensão arterial em crianças e adolescentes, de diabetes melito, doenças vasculares como infarto do miocárdio, tromboses, derrames cerebrais e todas as suas complicações.

Bem, mas não é de hoje que o sal está presente na alimentação humana. Então, por que agora estaria prejudicando também as crianças? O problema não é exatamente o sal, mas sim o sódio presente nele e é esse último que causa o aumento da pressão. É aí que entram os alimentos industrializados ou altamente processados. Há muita diferença na quantidade de sal (cloreto de sódio) colocado numa refeição cotidiana preparada em casa e os tais produtos industrializados. Nestes, o sódio está presente, além do sal, na estrutura dos conservantes e aromatizantes, usados para aumentar o período de validade ou para realçar o sabor, resultando em quantidades exageradamente grandes de sódio.

Nesse contexto, é preciso considerar que os hábitos alimentares dos brasileiros mudaram significativamente nos últimos anos. Saímos do feijão, arroz e bife para as comidas congeladas, as pré-prontas, os salgadinhos, os biscoitos e refrigerantes. Atraídas por propagandas fascinantes que prometem um mundo de sonhos em um pacote de salgadinhos ou um pirulito, por brindes-brinquedos e pelas intermináveis coleções, as crianças se tornaram as principais vítimas desses alimentos e passaram a influenciar nas compras de toda a família. Sem entender o que leem ou sem ler o que informam os rótulos, os pais também se seduzem pelos coloridos sinais de adição a anunciar + ferro, + cálcio, + vitaminas. Na verdade, estão comprando gordura, sal e açúcar, crentes de que seus filhos estão sendo bem alimentados. É isso mesmo. Em geral, as fantásticas embalagens coloridas contêm muita caloria e baixíssimo valor nutricional.

Estudos que vem sendo amplamente divulgados pelo Ministério da Saúde apontam que o brasileiro está ingerindo mais que o dobro de sal da quantidade diária recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 5 gramas, o que equivale a uma colher de chá. O brasileiro, em média, está consumindo 12 gramas ao dia, o equivalente a uma colher de sopa. Muitos produtos que hoje fazem parte da dieta usual de crianças contêm quantidades exageradas de sal, sem que os pais percebam o perigo. Você sabe que um pacote de massa instantânea pré-cozida tipo miojo contém 5g de sal, que é a quantidade máxima diária recomendada para um adulto? Haja rins para dar conta!

Pesquisa publicada neste janeiro por um grupo da Filadélfia, noAmerican Journal of Clinical Nutrition, uma importante revista da área, mostrou a relação entre o desenvolvimento da aceitação do gosto salgado e uma alimentação complementar, administrada a bebês, contendo amido (batatas, arroz, trigo, pão, bolachas). Foram comparados dois grupos de lactentes: um recebeu alimentação complementar com amido e o outro só comeu frutas em complemento ao leite. A aceitação para o gosto salgado já estava presente aos seis meses nos lactentes alimentados com amido e ausente nos que receberam só frutas. Os lactentes do primeiro grupo apresentaram maior probabilidade de lamber o sal da superfície dos alimentos na pré-escola, bem como de comer sal puro. Assim, segundo a pesquisa, experiências alimentares bem precoces (primeiros meses de vida) exercem um papel muito importante em moldar a resposta ao gosto salgado de lactentes e pré-escolares.

Sabemos que a formação do hábito alimentar se dá desde a gestação até cerca de dois anos de idade. E uma vez consolidado o padrão de gosto, fica difícil mudar. A isso, é preciso associar o padrão de uma infância sedentária em frente à televisão, computador e vídeo games. O resultado tem sido a obesidade. Dados do IBGE mostram que o excesso de peso e a obesidade são encontrados com grande frequência, aos cinco anos de idade, em todos os grupos de renda e em todas as regiões brasileiras.

Houve um salto no número de crianças de 5 a 9 anos com excesso de peso ao longo de 34 anos: em 2008-2009, 34,8% dos meninos estavam com o peso acima da faixa considerada saudável pela OMS. Em 1989, este índice era de 15%, contra 10,9% em 1974-75. Observou-se padrão semelhante nas meninas que, de 8,6% na década de 70, foram para 11,9% no final dos anos 80, e chegaram aos 32% em 2008-09.

O tempo de exposição à mídia também vem aumentando. Em média, as crianças ficam mais de 5 horas diárias em frente à TV, tempo superior ao permanecido na escola, que é de 4h30min. Além disso, o padrão das crianças de hoje é acessar varias mídias ao mesmo tempo e em quase todas há inserção de propaganda, ou seja, as crianças ficam expostas a um bombardeio mercadológico. Estudo feito pela Universidade de São Paulo, em 2007, mostrou que 82% dos comerciais televisivos sugeriam o consumo imediato de alimentos ultraprocessados, 78% mostravam personagens ingerindo-os no ato e 24% dos alunos expostos a tais mensagens apresentaram sobrepeso ou obesidade. Já um levantamento realizado pelo Ministério da Saúde em 2009 identificou que apenas 25% das crianças entre 2 e 5 anos e 38% das crianças entre 5 e 10 anos consomem frutas, legumes e verduras. Guloseimas como balas, biscoitos recheados, refrigerantes e salgadinhos ocuparam o espaço de refeições principais.

E a água? De repente esse bem essencial ao bom funcionamento do corpo humano foi sendo esquecido. Em creches, escolas e hospitais é comum não encontrarmos bebedouros. A água não está franqueada justamente a quem deveria receber estímulo constante para ingeri-la. O estímulo está focado nos sucos industrializados e nos refrigerantes.

E agora, já podemos responder quem são os donos do cardápio das nossas crianças? E quais as conseqüências de seguirmos ao sabor do vento das grandes corporações fabricantes de alimentos? E de não termos controle sobre a publicidade dirigida ao público infantil?

Se o que queremos para nossas crianças não é um futuro de obesos desnutridos, precisamos tomar as rédeas da situação e já. A informação continua sendo a chave-mestra e, pais, educadores e profissionais da saúde precisam saber identificar o que está escrito nos rótulos.

Se tomamos tantas medidas para a identificação de pessoas que entram nas nossas casas e nas escolas, porque não adotamos estes mesmos cuidados antes de permitir a entrada de substâncias no nosso organismo e das nossas crianças? Nunca é demais lembrar que bons hábitos alimentares começam a ser transmitidos na vida intra-uterina, que criança até dois anos não deve ser exposta ao sal e que não se deve colocar açúcar em chás e mamadeiras de bebês. Muito menos achocolatados, que contém açúcar e gordura em excesso.

Seguindo orientações da OMS, estão surgindo políticas públicas para redução do sal nos alimentos industrializados, assim como campanhas de esclarecimento ao público. Foram identificadas ações em 38 países, sendo a maioria na Europa. Já o Brasil recém está iniciando algumas medidas nessa área. Em janeiro deste ano, a Anvisa fez recomendações não obrigatórias para a redução, até 2014, em 10% no conteúdo de sal do pão francês.

Também em países europeus, há regras rígidas em relação à propaganda dirigida a crianças. Em terras nativas, dispensam-se comentários. Felizmente a sociedade começa a dar sinais de reação.

Acreditando que um outro mundo é possível, que tal a gente sonhar com uma sociedade em que a saúde das nossas crianças esteja acima dos interesses das megacorporações?

O artigo é de Noemia Perli Goldraich.
Noemia Perli Goldraich (*)

(*) Noemia Perli Goldraich é doutora em Nefrologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), pós-doutora em Nefrologia Pediátrica pela Universidade de Londres, professora-associada do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da UFRGS, nefrologista pediátrica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e coordenadora do Núcleo Interdisciplinar de Doenças Crônicas na Infância da Pró-Reitoria de Extensão da UFRGS.

Imagem: Da internet

terça-feira, 10 de abril de 2012

A Primeira Infância: um universo de possibilidades para pais e filhos

"Venha Descobrir Uma Maneira Feliz De Se Relacionar Com Seu Filho, Sem Estresse, Raiva ou Reatividade. Na Qual a Auto-Observação e a Comunicação São Pontos Chaves Para Se Criar Uma Relação De Confiança."

Tema: A PriMeIrA InFânCiA uM UniVeRsO De PoSsIBiLIdadeS PaRA PaIs E FiLhoS.

Neste encontro você vai aprender:

1) O segredo da comunicação com as crianças.
2) Quais são as necessidades básicas dos sete primeiros anos de vida da criança.
3) A expressar-se com tranquilidade nos momentos desafiantes do seu dia a dia com a criança (ex: durantes birras e pirraças).
4) A importância de ser o exemplo do que deseja ver em seu filho.
5) A confeccionar um anjinho de lã cardada, resgatando o universo infantil que existe em você.

Será uma noite de grandes descobertas… Dê essa oportunidade a você mesmo a a pessoa que você mais ama!

Dia 17/04, Terça-feira, de 19:30 as 22:00, você tem um encontro com a Niño Aconselhamento no Espaço Lúdico Era Uma Vez (Av. Prof. Mário Werneck, 1849 B-Buritis).

Envie agora um e-mail para garantir sua vaga: valeriagusmao@eraumavezbh.com.br
ou ligue: (31) 2531-1320


O encontro será ministrado por:

Clarissa Bicalho Haddad - Psicóloga graduada pela UFMG. Hoje é mãe e trabalha com aconselhamento de pais e capacitação de babás. www.ninoaconselhamento.blog.com

Patrícia Alvarenga Ferreira - Psicóloga graduada pela UFMG e em Pedagogia Waldorf pela Pólen. Hoje é mãe, professora e sócia do Ninho Jardim de Infância.
www.ninhojardim.blogspot.com.br

Participe!!!

Atenção: Este encontro terá um custo de R$50,00 por pessoa e R$80,00 o casal e está incluido coffe break na chegada dos participantes.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Significado do Ovo de Páscoa

Com a aproximação da Pascoa, sua ida ao supermercado, caso seja acompanhado de seus filhos menores, pode ser um tormento, tendo em vista a quantidade de ofertas de ovos pendurados nos corredores. São tamanhos, preços e cores para todos os gostos. As crianças os desejam, mas não podem entender a relação destes ovos com a Páscoa, ou mesmo com o coelho da Páscoa. Os ovos, neste caso, são somente mais um produto de consumo.


Será que a Páscoa resume-se a isto?


Como devemos nos proceder com nossos filhos pequenos?


Certamente, se contarmos a criança sobre o mistério da Paixão de Cristo, da morte, da ressurreição, ela nada entenderá! Para isto, temos os símbolos, as imagens que falam por si só às crianças. A nós adultos cabe compreendê-los para saber os porquês, nos auxiliando assim na consciência de nossos atos.


O que está por trás da busca dos ovinhos? Que símbolo tem o ovo?


O ovo tornou-se símbolo da ressurreição para os Cristãos. Vida nova irrompe da casca dura e isto é possível porque em cada ovo fecundado há possibilidade de um novo ser. É símbolo de um começo de criação, que pode ser vivido em cada ser humano através da ressureição de Cristo.


Procurar e encontrar ovinhos são, para todas as crianças, não somente algo que traz muita alegria, mas também uma importante experiência da Páscoa.


Como seres humanos praticamente só procuramos algo se temos pelo ao menos uma suspeita mínima de que isto exista.


Numa passagem bíblica sobre a Páscoa (lucas 24:1-5) este fato é apontado de modo muito especial. As mulheres estão à procura do corpo que havia sido sepultado, mas não o encontraram. A resposta do anjo para esta procura foi: "por que vocês procuram o vivo entre os mortos?" A procura estava certa, mas a direção estava errada. Através da procura dos ovinhos podemos "ler" este impulso pascal: "procure por Ele e encontrará".


Esta festa pode ser preparada calmamente junto com as crianças. Criar expectativa é algo que eles gostam muito.


Em sua casa, pode haver um cantinho onde caiba uma pequena mesa. Sobre ela você pode colocar um pano e aos poucos vai-se construindo um ambiente eque tenha uma relação com a Páscoa. As crianças podem ter total acesso a ela, podendo manusear o que for colocado.


Como já estamos no outono, pode-se começar colhendo folhas secas e com estas construir ninhos, pode-se ter galinhas, pintinhos de lã ou outro material natural, mais tarde podem chegar os coelhos e só no Domingo de Páscoa é que surgem os tão esperados ovos comestíveis.